Projeto Letras, Linhas e Pontos

Bordado

De acordo com o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, bordado é um trabalho manual “feito em relevo, sobre o estofo ou pano, à linha, fio de lã, prata ou ouro, etc.”. Ou seja, é a arte de decorar com figuras, utilizando agulha e fio. Pode ser executado manualmente ou à máquina.  Os materiais podem variar, utilizando-se também lantejoulas, miçangas ou pedras semi-preciosas, valorizando a peça.

História do ponto cruz

O bordado teve início na pré-história. Quando os homens moravam nas cavernas, o ponto cruz era usado para costurar as vestimentas, que eram feitas com pele de animais. As agulhas eram de osso, e a linha era tripa de animais ou fibras vegetais.

Os romanos, na Antiguidade, descreviam o bordado como “a pintura com agulha”. Podem ser encontrados belos bordados feitos pelas civilizações antigas, no Egito, na Índia, Pérsia, Inglaterra e China.  Na Europa, o ponto cruz era usado principalmente para enfeitar as roupas dos nobres, e na decoração de casas e igrejas, e era símbolo de riqueza. O bordado variava em cores e estilos, conforme a região. Várias cenas da história foram retratadas em tecidos bordados.

As publicações de livros com motivos para bordar – principalmente animais, árvores e flores -, surgiram no início do século XVII. No século seguinte novas fontes de desenho apareciam nas revistas femininas.  No século XVIII, numa multiplicação do ponto cruz, surgiram os mostruários (samplers), com fileiras de letras e números, ou versículos religiosos, que facilitavam a escolha dos motivos e das cores.

Desde essa época, o homem tentou mecanizar a costura e o bordado, mas somente no início do século XX o bordado começou a ser industrializado. Na década de 80 surgiram as máquinas eletrônicas e industriais, integradas com softwares.

O ponto cruz tem se atualizado, atendendo às necessidades e ao gosto da nossa época. Apesar das máquinas de bordado eletrônicas e industriais, o ponto-cruz continua com prestígio.

Projeto Letras, Linhas e Pontos

Em uma época em que nem toda a população tinha acesso aos livros, e nem todas as crianças podiam ir à escola, os mostruários – feitos por pessoas de diversas posições sociais – foram fundamentais na alfabetização de crianças e adolescentes.

 

Mostruários

Hoje em dia, a maioria da população tem acesso à escola, e há várias cartilhas para alfabetização. E que tal unir o ponto cruz com as letras novamente, mas de um jeito diferente? Neste ano de 2014, estamos com um projeto na unidade de Joinville da Biblioteca Padre Elemar Scheid. Uma parte desse projeto será apresentado no primeiro semestre, a outra parte no segundo semestre. Aguardem!

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