Dica de leitura – Resistência: a história de uma mulher que desafiou Hitler

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A francesa Agnès Humbert trabalhava no Museu Nacional de Artes e Tradições Populares, em Paris. Seu diário começou em 07 de junho de 1940, quando estavam circulando boatos de que os alemães estavam avançando pela França. O cenário era sombrio, e muitas pessoas já estavam fugindo.

Junto com alguns amigos, fundou um grupo de resistência. Encontravam-se escondidos, e distribuíam folhetos e jornais. No ano seguinte, traídos por um espião, as pessoas do grupo foram presas, inclusive Agnès. Alguns foram fuzilados, ela e outras mulheres foram deportadas para a Alemanha como presas políticas, e submetidas ao trabalho forçado.

De abril de 1941 em diante, Agnès não pôde continuar seu diário. Por ter sido presa, não tinha como continuar a escrever, pois lhe privaram de tudo. Porém, logo que voltou à França, reescreveu tudo o que aconteceu nos quatro anos que se passaram, com a memória ainda a auxiliando. A francesa relatou tudo, todos os sofrimentos e os momentos de esperança, e o dia em que pode ser liberada e ajudar o exército americano a reorganizar a cidade onde estava e a encontrar pessoas responsáveis pelo sofrimento de muita gente.

O livro é uma mistura e diário e memória, e foi publicado pela primeira vez em 1946. Apesar de todo o padecimento, ela nunca deixou de mostrar seu lado sarcástico e irônico, e até humorístico em vários momentos. Mesmo debilitada, física e espiritualmente, ela resistiu. Nunca desistiu de lutar pela liberdade dela e dos outros, e de esperar por esse dia, mesmo que isso significasse mais guerra. É um dos poucos livros que melhor e mais fala desse momento da história. O leitor precisa estar disposto a descobrir ou saber mais do que aconteceu há pouco tempo e do que é capaz a crueldade humana.

“Resistência” faz parte do acervo da Biblioteca Católica SC. Boa leitura!

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